terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Minha história de Natal...


Este ano recebemos um lindo presente cujo o nome é Raphael... ele veio assim meio tímido, sem saber se ia ou ficava... sem perspectiva nenhuma de brilho e encanto, mas enfim ele ficou. Decidiu. Percebeu, viu, ouviu e sentiu o quanto nós o amamos, o queremos e o desejamos... e por completo, nos encantou.
Este Natal realmente foi especial.
Ficamos todos na sala do Rapha, vendo ele dormir em sua cadeirinha treme-treme... sua irmãzinha, a linda Giovanna estava radiante a espera do Papai Noel, feliz porque pela primeira vez, seu irmão estava na sala... enfim conheceu um novo cantinho do seu reino.
E em meio a ansiedade de uma menina linda de quase 5 anos que naquele dia, véspera de Natal, acordou nada menos que às 6:00 da manhã e querendo brincar (- Filha dorme, tá muito cedo! - Mas já é de dia! - Por que tá cedo?rsrs)... em meio a tudo aquilo o dia passava, feliz e quente mas, uma menininha precisa descançar, afinal, o tal Papai Noel ainda viria presenteá-la.
- Será que ela havia sido uma boa menina? - Será que ele realmente sabia o que ela queria? A verdade é que ela precisava dormir, mas como pedir à uma criança para que durma se o convidado mais que especial e aguardado por todo um ano ainda não chegou?
Então contei como era quando eu, seu padrinho e sua mamãe éramos crianças e foi assim...
" Há muitos e muitos anos, no tempo em que Papai Noel vinha de terras distantes e frias, puxado por suas renas em seu lindo e veloz trenó, as crianças também precisavam dormir mais cedo, o que fugia totalmente do costume daquele povo. Afinal, as crianças aprendiam que dormir, só de noite, quando a lua brilhava lá longe cercada de muitas estrelas, então, como era possível que a mamãe os mandasse dormir com o sol a pico em plena véspera de Natal?
Mas... também era tradição que toda criança precisava se preparar para o grande encontro com o convidado de honra daquela noite; Papai Noel, e fazia parte desse preparativo, dormir. Simplesmente dormir.
Ai como era difícil... os três pequenos irmãos lutavam o mais que podiam, mas a doce mãe, com aquele jeitinho que somente as boas mães tem, conseguia enfim colocá-los na cama.
A filha mais velha sempre dizia à mãe:
- Vou fingir que estou dormindo e ele nem vai perceber, quando aparecer eu vou ver, esse ano eu vou.
Mas... Papai Noel sempre sabia quem é que estava fingindo ou dormindo... e sempre as crianças dormiam de verdade...e toda vez a mãe, o pai os vizinhos que não tinham filhos pequenos é que corriam até as crianças com a notícia.
- Papai Noel chegou, ele chegou!! - Acordem!!!
Cada um de nós, os três irmãozinhos, correu um para cada lado da casa procurando seu respectivo presente e o generoso velhinho que o tinha ofertado.
De repente, ouvi os sinos do bom velhinho tocarem espalhando a magia do Natal, dos presentes, dos risos e mas nada daquele que havíamos esperado por um longo ano... as chances estavam ficando agora para o próximo ano e ai...quando tomada pela surpresa, vi cruzar pelos céus todo estabanado, pesado e risonho... o Papai Noel com seu ho, ho, ho, ho me acenando e partindo para uma longa jornada de entrega de alegrias.
E foi assim, que minha afilhada Giovanna se convenceu que deveria dormir um pouquinho, para quando acordasse e ouvisse os sinos do Papai Noel, tivesse energia para brincar e correr atrás de seus presentes e dos presentes do Rapha.
Ao longo da noite ela me pediu para contar a "minha historia" várias vezes, e em cada nova versão, ela me falava, e ai?? e ai?? e quando eu finalizava ela dizia "conta de novo" ... agora para o meu irmãozinho... e por todas as vezes que eu contei e por todas as vezes que ela e o Rapha ouviram, este Natal foi mais que especial.

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