quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

ATELIÊ: A ARTE DO CONTADOR DE HISTÓRIAS INTENSIVO


 

Os contos de tradição oral, com sua magia e encantamento estiveram por longo tempo afastados do nosso cotidiano. Nesse período, graças ao trabalho de folcloristas e compiladores, foram recolhidos na forma escrita.
Resgatados na cena urbana pelos contadores contemporâneos, eles vem chamando atenção de profissionais de todas as áreas do conhecimento.
Saber contá-los com graça é uma arte: a arte da palavra oral.


O ateliê é dividido em quatro temas com duração de 05 horas/aula cada um, perfazendo um total de 20 horas/aula.


O objetivo geral é trabalhar a poética da oralidade, instrumentalizando o participante para desenvolver-se na arte de contar histórias.


A Metodologia é teórico-prática no Tema I, quando os participantes serão introduzidos na questão dos contos de tradição oral no mundo contemporâneo.   Nos demais Temas (II, III, e IV) será essencialmente prática. Serão propostos exercícios vivenciais de expressão, memorização, improvisação, ritmo, etc.


Cada turma é formada por 10 participantes, o que possibilita um trabalho quase individualizado.



TEMA I: DA LETRA À VOZ

Palavra oral e palavra escrita têm códigos lingüísticos diferentes. O que é precioso e desejável para o texto escrito pode não sê-lo para o texto oral, e vice-versa. Isto faz com que um belo conto de tradição oral “guardado” na palavra escrita e respeitando-lhe, portanto os códigos próprios, quando transposto novamente para a oralidade pode perder muito de seu poder de encantar, caso o contador não atente para a diferença dos códigos lingüísticos.


Objetivos:

ü Reconhecer a diferença de códigos lingüísticos.
ü Apropriar-se da técnica de descolamento do texto escrito para construir seu próprio texto na cena da oralidade.
ü Experimentar-se no processo criador



TEMA II: O GESTO DO CONTADOR DE HISTÓRIAS

Destacamos os gestos como uma das habilidades mais significativas da performance do contador de histórias. O corpo deve falar o mesmo que a voz. Quando os gestos não estão sintonizados com a fala a comunicação fica comprometida. A gestualidade própria do contador não é redundância, nem teatralidade, ela é a extensão da palavra falada.


Objetivos:

ü Aprimorar a consciência corporal na expressão de emoções e sentimentos.
üAmpliar o repertório gestual descobrindo novas formas de expressão e ritmos gestuais.



TEMA III: A FALA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS

Precedendo a linguagem, a voz tem qualidades materiais: o tom, o timbre, a amplitude, a altura e a fluência. Ela pode abrir espaços na imaginação do ouvinte através da entonação, inflexão e ritmo. Uma voz monótona faz dormir. Variar o tom, interpretar a voz dos personagens, quebrar a monotonia abaixando o tom, falando lentamente, em seguida aumentando-o. Modificar o ritmo de acordo com a ação descrita. Tudo isso dá vida à narrativa.




Objetivos:

ü Conhecer os recursos expressivos da voz como ritmo, entonação, interpretação entre outras psicodinâmicas vocais.
ü Experimentar outros recursos sonoros (instrumentos musicais) para incrementar as histórias.



TEMA IV: O ESTILO PESSOAL

O contador de histórias constrói seu texto a partir da interatividade com seus ouvintes. A observação de suas reações ao que ele está contando orienta essa construção. O estilo pessoal está relacionado à forma de cada um se comunicar e das intenções na comunicação. Um mesmo conto pode ser contado de diferentes formas: Intimista, interativo, dramático, cômico. Também pode ser contado a um publico infantil ou adulto. Cada contador deverá considerar seus recursos pessoais sua intenção ao contar, sua melhor performance na comunicação e com esses elementos desenvolver  o próprio estilo.


Objetivos:

ü Pesquisar as habilidades e talentos pessoais e colocá-los a serviço da arte de contar.
ü Trabalhar sobre as próprias intenções e como dar forma a elas.



Responsável pelo Ateliê: Gislayne Matos:

Mestra em educação pela Faculdade de Educação da UFMG, graduou-se em pedagogia, pela FUMEC-BH em 1975. Especializou-se em Terapia Familiar Sistêmica pela PUC-MG em 1987.
No período de l990 a l993 especializou-se em Art en Thérapie et en Psychopédagogie-Diplôme d’Université  pela Université René Descartes-Paris V e pelo INECAT- Institut  National d’Expression, de Création, d’Art et de Thérapie-Paris, onde se certificou.
Ainda neste período, participou do “Programme de Formation Interculturelle”, da Association Interferences Culturelles-Paris, formando-se em interculturalidade na mesma associação.
Em sua formação como arte-terapeuta dedicou-se ao aprofundamento do estudo da utilização de contos como recurso terapêutico e educacional e preparou-se na arte de contar histórias.
É uma das idealizadoras do Projeto Convivendo com Arte, que promove a formação de novos contadores de histórias, e do Projeto Noite de Contos, realizado mensalmente na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes, no período de 1994 a 2000. 
Autora dos livros: A palavra do contador de histórias  e O ofício do Contador de Histórias, este último em co-autoria com Inno Sorsy, contadora de histórias de origem africana, ambos editados pela Martins Fontes e indicados pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil com a “menção altamente recomendável” na categoria: teóricos em 2005.
Coordenou no IEC-PUC Minas o curso de pós-graduação lato sensu: Arte e Educação da palavra oral à escrita.
Ministra cursos para a formação de novos contadores de histórias, além de disciplinas relacionadas à utilização de contos em contextos terapêuticos e educacionais em cursos de pós-graduação e faz palestras em instituições públicas e privadas em diversas cidades do Brasil.


Local: Rua Caraça, 433 - Serra
Fones: 31- 3221-0760 ou 8559-0760

Vagas: 10 alunos

Investimento:
2 parcelas de 160,00 sendo a primeira, depósito bancário até 10/02/12 e a outra cheque pré-datado entregue no 1º dia do curso para 30 dias. A inscrição só será confirmada após depósito bancário.

Dados bancários:
Banco do Brasil
Gislayne Avelar Matos
Ag: 3495-9
C/C: 12894-5


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