" Quando o coração da gente transborda, ele sai pela boca em forma de histórias. " ditado etíope
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Curso de teatro na FFLCH-USP
Promovido pelo Núcleo de Estudos de Teatro Décio de Almeida Prado, do Centro Ángel Rama, o curso "Teatro e Resistência: Dramaturgia dos Anos de Chumbo - Panorama Histórico 1968-1979 (Módulo III)" será ministrado pela Profa. Dra. Maria Sílvia Betti (Departamento de Letras Modernas), às segundas-feiras, a partir do dia 10 de março, das 18h30 às 21h, na sala 172 do Prédio de Letras (Av. Prof. Luciano Gualberto, 403, Cidade Universitária, São Paulo).
O curso é isento de taxas e as inscrições estarão abertas até o dia 7 de março, ou enquanto houver vagas. Os interessados devem enviar mensagem com nome completo para carama@usp.br
(Observação: alunos que não cursaram os dois módulos anteriores também poderão matricular-se).
Início: 10/3/2014
Término: 30/6/2014
Público-alvo: alunos de graduação e pós, professores e alunos das redes públicas de ensino, membros da comunidade USP e interessados em geral.
Certificados de participação serão concedidos mediante a frequência mínima de 85% às aulas.
Objetivos: Introduzir, contextualizar e discutir as formas pelas quais a dramaturgia brasileira do período compreendido entre 1968 e 1979 representou as perspectivas de luta contra a ditadura militar.
Serviço de Comunicação Social da FFLCH-USP
TELS: 0055 XX (11) 3091.4612/4938/1513
Rua do Lago, 717, sala 121 - Prédio da Administração
CEP 05508-900 - São Paulo/SP
Site: http://comunicacao.fflch.usp.br/
Twitter: @fflch_usp
Entre na Roda e espere o próximo!
Mediar leituras, formar leitores
Realizadas totalmente a distância, as oficinas
on-line são uma sequência de atividades sobre a metodologia de mediação de
leitura do Projeto Entre na Roda. Dirigidas a educadores,
bibliotecários e demais interessados no tema, as atividades oferecem
informações, dicas práticas e possibilidades de ampliação do conhecimento, além
de ser uma oportunidade de aprofundar o letramento digital dos
participantes.
As Oficinas On-line do Entre na Roda têm duração de 8 semanas e as turmas contam com o apoio de uma moderadora, que é formadora na área de leitura e escrita.
As Oficinas On-line do Entre na Roda têm duração de 8 semanas e as turmas contam com o apoio de uma moderadora, que é formadora na área de leitura e escrita.
As inscrições para participação nas oficinas,
abertas hoje, quinta-feira (20.02), já estão encerradas.
Serão realizadas duas turmas com 50 vagas cada. O
início das oficinas será no dia 05 de março.
Para conhecer o programa e os temas que serão
trabalhados, clique
aqui.
A incrível exposição ‘Grimm Agreste’, no Sesc Interlagos, eu vou. Vamos??
A incrível exposição ‘Grimm Agreste’, no Sesc Interlagos
Os 156 contos originais escritos pelos irmãos Grimm entre 1812 e 1815 desembarcaram nesta sexta-feira, 21, no Sesc Interlagos, na zona sul de São Paulo, na exposição Grimm Agreste. São instalações, xilogravuras, textos, vídeos, áudios e centenas de objetos que dialogam com as histórias eternizadas pelos alemães.
O ponto de partida para a exposição foi o livro Contos Maravilhosos Infantis e Domésticos, publicado em 2012 pela editora Cosac Naify. Trata-se da primeira tradução para o português da obra original. Em dois volumes, o leitor descobre o quão adocicadas foram sendo as histórias ao longo do tempo. Uma Rapunzel grávida de gêmeos e uma Branca de Neve que faz sua madrasta dançar com sapatos de brasa são apenas alguns exemplos.
As ilustrações foram feitas pelo cordelista J. Borges, que criou xilogravuras que conversam com os contos – a imagem que abre este post é dos originais. Da relação entre os irmãos Grimm e o agreste nasceu a exposição recém-inaugurada em São Paulo, tema da reportagem que fiz para o Caderno 2 deste sábado, 22.
Sim, o Sesc Interlagos fica distante da região central, mas vale, sim, o deslocamento. Separe duas horas e mergulhe com calma neste mundo fantástico, construído em seis espaços. Nas imagens abaixo dá para ter uma ideia!
E o vídeo que o fotógrafo Tiago Queiroz, do Estadão, fez:
Na abertura da exposição foram distribuídos folhetos de cordel escritos por J. Borges. Neles, o cordelista e o xilogravurista fala, em versos, sobre Grimm, seu trabalho e o evento. Aos 79 anos, Borges se envolveu a distância com a exposição e não pode vir para São Paulo por causa de uma cirurgia recente.
“Como poeta faço parte
do evento Grimm Agreste
eu fiz as ilustrações
aqui mesmo no Nordeste
foi difícil mas eu fiz
e assim passei no teste.”
Ficha técnica da exposiçãoProdução e concepção: Rachel Brumana
Curadoria: Alvise Camozzi, Christine Röhrig e William Zarella
Diretor musical e compositor: Daniel Maia
Direção, cenografia e expografia: William Zarella Jr.
Roteirista da exposição: Alvise Camozzi
Serviço
De 21 de fevereiro a 31 de agosto
De quarta a domingo, incluindo feriados, das 10h às 16h30
Av. Manuel Alves Soares, 1.100, Parque Colonial
Ingressos para o Sesc: De R$ 1 a R$ 7
De 21 de fevereiro a 31 de agosto
De quarta a domingo, incluindo feriados, das 10h às 16h30
Av. Manuel Alves Soares, 1.100, Parque Colonial
Ingressos para o Sesc: De R$ 1 a R$ 7
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Curso com Gislayne Matos - A poética na arte do contador de histórias
15 de março às 10:00 até 30 de março às 13:00
Rua Tonelero,912 |
A POÉTICA NA ARTE DO CONTADOR DE HISTÓRIAS
Ministrante: Gislayne Matos 20 HORAS – DOIS MÓDULOS DE 10 HORAS... Inscrições Abertas “O principal requisito no processo criador do contador de histórias é sua capacidade para criar o texto diante de seus ouvintes”. A arte de contar histórias envolve três elementos numa relação dinâmica: o contador; o conto e o ouvinte. O contador deve se preparar e preparar o conto para oferecê-lo ao ouvinte, que por sua vez, deverá ser preparado para recebê-lo. Apoiando-se nesses elementos o ateliê é dividido em dois módulos, cada um deles com duração de 10 horas. MÓDULO I: O CONTADOR-ARTESÃO A modalidade de comunicação própria a esta linguagem artística é a oralidade, em cujo âmago está a intenção de comunicar. Neste módulo trabalharemos, portanto, sobre a comunicação oral e os recursos estéticos que podem torná-la prazerosa o bastante para implicar e envolver o ouvinte. Voz e gestos são responsáveis pela transmissão da mensagem. A gestualidade deve ser uma extensão da palavra falada. Objetivos: Aprimorar a comunicação oral conhecendo os diferentes tipos de discursos; Ampliar a consciência corporal descobrindo novas formas de expressão e ritmos gestuais; Conhecer os recursos expressivos da voz, tais como: ritmo, entonação, interpretação; Experimentar-se no processo de criação espontânea do texto oral. MÓDULO II: O CONTADOR-POETA A “palavra” encanta quando nela há “presença”, quando é genuína, pois construída com a própria experiência, essa matéria prima única com a qual se tecem as histórias. O eco ao contrário é a reprodução do discurso alheio, resultado da falta de conexão com as próprias experiências, como geradoras da “presença”. Neste módulo o desafio é construir um discurso genuíno, capaz de encantar pela força de sua autenticidade. Objetivos: Pesquisar as habilidades e talentos pessoais e colocá-los a serviço da arte de contar; Trabalhar sobre as próprias intenções; Utilizar-se da memória sensorial, reminiscências, símbolos, histórias vividas e ouvidas, reflexões filosóficas, aprendizagens advindas da relação com o outro, elementos subjetivos, enfim, tudo aquilo que resulta da experiência pessoal, para dar forma ao texto que se cria. Período de Realização Módulo I: - 15 de março, sábado das 10:00 às 18:00 horas - 16 de março domingo das 10:00 às 13:00 horas Período de Realização Módulo II: - 29 de março, sábado das 10:00 às 18:00 horas - 30 de março, domingo das 10:00 às 13:00 horas Investimento: Módulo I: R$ 250,00 Módulo II: R$ 250,00 As pessoas que fizerem dos dois módulos terão desconto de 10% e poderão dividir em até 3 vezes. Forma de inscrição: Enviar e-mail para: contatomeninasdoconto@gmai - Local: Casa da História- R. Tonelero, 912, Vila Ipojuca, São Paulo - SP Mais informações: 3868-4598 / 3803-9113 – Rosi/Regiane |
Curso básico para Contadores de Histórias - Biblioteca Hans Christian Andersen
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Programação Marília Tresca - Fevereiro 2014
Caminhando,
"As pessoas não carecem de força, carecem de determinação."
Victor Hugo
Desejo que possamos saborear cada momento do nosso viver, fazendo deles degraus que nos levarão com entusiasmo ao nosso objetivo.
Meu carinho,
Marilia Tresca
Agenda:
22 de março 2014 – Curso “Caminhando, Cantando e Contando Histórias”
Curso de Técnicas Contar Histórias
Orientação: Marilia Tresca -professora de Artes e Contadora de Histórias
Carga horária: 3 horas / com certificado
Data: 22/03/2014 (sábado)
Horário: das 9h às 12h
Local: Salão de Festas do Edifício Marina IV - Rua Basílio da Cunha, 1115 –Aclimação – São Paulo – SP
Carga horária: 3 horas / com certificado
Data: 22/03/2014 (sábado)
Horário: das 9h às 12h
Local: Salão de Festas do Edifício Marina IV - Rua Basílio da Cunha, 1115 –Aclimação – São Paulo – SP
Investimento: R$ 50,00
Depositados no Itaú - agência 6681 conta 02204-9 em nome de Marilia Tresca Silva Telles de Mello
Inscrições: por e-mail: mariliatresca@gmail.com.br(enviar ficha de inscrição preenchida)
Ou por telefone (11) 99801-4740
Total de vagas: 15
FICHA DE INSCRIÇÃO - Curso dia 22/03/2014 (sábado)
Nome -
Endereço –
Depositados no Itaú - agência 6681 conta 02204-9 em nome de Marilia Tresca Silva Telles de Mello
Inscrições: por e-mail: mariliatresca@gmail.com.br(enviar ficha de inscrição preenchida)
Ou por telefone (11) 99801-4740
Total de vagas: 15
FICHA DE INSCRIÇÃO - Curso dia 22/03/2014 (sábado)
Nome -
Endereço –
Cidade -
Telefone -
e-mail -
Idade -
Atividade exercida -
Como tomou conhecimento do curso ?
Qual o objetivo em fazer o curso ?
Telefone -
e-mail -
Idade -
Atividade exercida -
Como tomou conhecimento do curso ?
Qual o objetivo em fazer o curso ?
Vai participar do Sarau ?
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22 de março – Sarau de Contadores de Histórias
Horário: das 14h às 18h
Local: Salão de Festas do Edifício Marina IV - Rua Basílio da Cunha, 1115 – Aclimação – São Paulo – SP
Teremos:
- Contadores de histórias
- Feira de livros usados
- Lanche comunitário
A entrada é gratuita, mas traga uma prenda para nosso próximo bingo que será em junho 2014. Traga também um prato de doce, salgado ou fruta para o nosso lanche.
Faça sua inscrição para o Sarau, enviando a ficha preenchida para o e-mail: mariliatresca@gmail.com ou pelo telefone (11) 99801-4740 (Vivo)
Nome -
Endereço –
Endereço –
Cidade -
Telefone -
e-mail –
Telefone -
e-mail –
Vai contar história ?
Cantando,
Tocando em Frente
Almir Sater
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
E contando histórias...
Só mais um passo
Saint-Exupéry
Guillormée pilotava sobre a cordilheira quando seu pequeno monomotor sofreu uma pane, caindo sobre a montanha de neves eternas. Embora não tivesse se ferido gravemente, suas pernas apresentaram profundos cortes e sérios ferimentos. Com muito esforço, sentindo fortes dores, ele abandonou a cabine do avião destroçado. Ao constatar a extensão dos ferimentos, compreendeu que não teria como sair dali sozinho. Perscrutou o horizonte em todas as direções e só viu solidão gelada.
Conhecedor da região, após rápida análise, entendeu que seu fim estava próximo, principalmente em razão dos sérios ferimentos que sofrera nas pernas. Por um instante sentiu-se tomado de pânico e pela dor de saber que chegava ao fim de seus dias. Pensou na família que não tornaria a ver, nos amigos, nas tantas coisas que ainda pretendia realizar e na impotência de não ter a quem pedir socorro.
Depois, já mais conformado, pôs-se a pensar sobre as medidas a tomar. Não havia nada a fazer no sentido de sobrevivência, portanto o mais sensato seria deitar-se na neve e esperar que o torpor causado pelo frio tomasse conta de seu corpo, permitindo-lhe ser envolvido, sem dor, pelo manto da morte.
Deitado sobre a neve, Guillormée dirigiu o pensamento a seus filhos, que ele não veria crescer e à esposa, de quem tanto gostava. Aquele homem de espírito forte, batalhador, lutava consigo mesmo para resignar-se à situação.
"Meu consolo - pensava ele - é saber que eles não ficarão desamparados; meu seguro de vida tem cobertura suficiente para proporcionar-lhes subsistência por muito tempo. Menos mal! Felizmente tive o bom senso de estar preparado para uma situação destas; tão logo seja liberado meu atestado de óbito, a companhia de seguros...".
Neste instante, Guillormée teve um sobressalto; sua apólice rezava que o seguro só seria pago mediante a apresentação do atestado de óbito. Ora, naquele lugar inacessível, seu corpo jamais seria encontrado; ele seria dado por desaparecido. Não haveria, pois, atestado de óbito. Passar-se-iam anos de privações para sua família, antes que ele fosse oficialmente considerado morto. Apavorado com essa idéia, ele pensou: "A primeira tempestade de neve que cair soterrará meu corpo; nunca irão me achar. Preciso caminhar até um lugar onde meu corpo possa ser encontrado".
As dores que sentia eram cruciantes, mas sua determinação era maior. Ele sabia que, ao pé da cordilheira, havia um povoado cujos moradores costumavam aventurar-se até certa altura da montanha, para caçar. A distância era longa - vários quilômetros -,mas ele precisava realizar a última proeza de sua vida: chegar até onde seu corpo pudesse ser encontrado por um caçador. Reunindo todas as forças que ainda lhe restavam, obrigou-se a ficar em pé. Foi preciso um esforço hercúleo para não cair.
Consciente da distância que teria de percorrer e sabedor de que não podia permanecer naquele local, apesar de seu estado lastimável, Guillormée estabeleceu a meta de dar um passo. Jogou um passo a frente e disse: "Só um passo!". Com extrema dificuldade empurrava a outra perna e repetiu: "Só mais um passo!", e de novo: "Só mais um passo!".
Concentrando toda a sua energia apenas no próximo passo e estabelecendo um forte condicionamento positivo - através do comando "só mais um passo" ele caminhou quilômetros pela neve. Não se permitia pensar na distância que ainda faltava percorrer, ou em sua dificuldade para se locomover; concentrava-se apenas no espaço a ser vencido pelo passo seguinte. Assim caminhou o dia todo.
A tarde já ia avançada quando seus olhos, turvos pela dor e pelo cansaço, vislumbraram alguns vultos à sua frente; firmou o olhar e percebeu que se tratava de pessoas que olhavam estupefatas, para ele. "Agora eu já posso morrer", pensou, e deixou-se escorregar para o nada.
Dias depois, já no hospital, abriu os olhos e a primeira imagem que viu foi a da esposa, a seu lado.
Guillormée teve alguns dedos de um dos pés amputados, que foram congelados pela neve. Passou algum tempo hospitalizado, até readquirir forças, mas continuou vivo ainda por muito tempo.
Ao narrar esse episódio acontecido com seu amigo, Saint-Exupéry relata a determinação desse homem valente e ressalta o fato de que foi a fixação da meta em curtíssimo prazo ("só mais um passo") que lhe proporcionou força e ânimo bastante para vencer a dura prova pela qual passava. Tivesse ele pensado na enorme distância a ser percorrida, na situação física precária em que se encontrava, e muito provavelmente não teria encontrado forças para alcançar o objetivo a que se determinou no alto da montanha.
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