segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Programação Marília Tresca - Fevereiro 2014

Caminhando,
"As pessoas não carecem de força, carecem de determinação."
Victor Hugo
Desejo que possamos saborear cada momento do nosso viver, fazendo deles degraus que nos levarão com entusiasmo ao nosso objetivo.
Meu carinho,
Marilia Tresca
Agenda:
22 de março 2014 – Curso “Caminhando, Cantando e Contando Histórias”
Curso de Técnicas Contar Histórias
Orientação: Marilia Tresca -professora de Artes e Contadora de Histórias
Carga horária: 3 horas / com certificado
Data: 22/03/2014 (sábado)
Horário: das 9h às 12h
Local: Salão de Festas do Edifício Marina IV - Rua Basílio da Cunha, 1115 –Aclimação – São Paulo – SP
Investimento: R$ 50,00
Depositados no Itaú - agência 6681 conta 02204-9 em nome de Marilia Tresca Silva Telles de Mello
Inscrições: por e-mail: mariliatresca@gmail.com.br(enviar ficha de inscrição preenchida)
Ou por telefone (11) 99801-4740
Total de vagas: 15


FICHA DE INSCRIÇÃO - Curso dia 22/03/2014 (sábado)
Nome -
Endereço –
Cidade -
Telefone -
e-mail -
Idade -
Atividade exercida -
Como tomou conhecimento do curso ?
Qual o objetivo em fazer o curso ?
Vai participar do Sarau ?
.......................................................................................................................................
22 de março – Sarau de Contadores de Histórias
Horário: das 14h às 18h
Local: Salão de Festas do Edifício Marina IV - Rua Basílio da Cunha, 1115 – Aclimação – São Paulo – SP
Teremos:
- Contadores de histórias
- Feira de livros usados
- Lanche comunitário
A entrada é gratuita, mas traga uma prenda para nosso próximo bingo que será em junho 2014. Traga também um prato de doce, salgado ou fruta para o nosso lanche.
Faça sua inscrição para o Sarau, enviando a ficha preenchida para o e-mail: mariliatresca@gmail.com ou pelo telefone (11) 99801-4740 (Vivo)
Nome -
Endereço –
Cidade -
Telefone -
e-mail –
Vai contar história ?

Cantando,
Tocando em Frente
Almir Sater
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
E contando histórias...
Só mais um passo
Saint-Exupéry
Guillormée pilotava sobre a cordilheira quando seu pequeno monomotor sofreu uma pane, caindo sobre a montanha de neves eternas. Embora não tivesse se ferido gravemente, suas pernas apresentaram profundos cortes e sérios ferimentos. Com muito esforço, sentindo fortes dores, ele abandonou a cabine do avião destroçado. Ao constatar a extensão dos ferimentos, compreendeu que não teria como sair dali sozinho. Perscrutou o horizonte em todas as direções e só viu solidão gelada.
Conhecedor da região, após rápida análise, entendeu que seu fim estava próximo, principalmente em razão dos sérios ferimentos que sofrera nas pernas. Por um instante sentiu-se tomado de pânico e pela dor de saber que chegava ao fim de seus dias. Pensou na família que não tornaria a ver, nos amigos, nas tantas coisas que ainda pretendia realizar e na impotência de não ter a quem pedir socorro.
Depois, já mais conformado, pôs-se a pensar sobre as medidas a tomar. Não havia nada a fazer no sentido de sobrevivência, portanto o mais sensato seria deitar-se na neve e esperar que o torpor causado pelo frio tomasse conta de seu corpo, permitindo-lhe ser envolvido, sem dor, pelo manto da morte.
Deitado sobre a neve, Guillormée dirigiu o pensamento a seus filhos, que ele não veria crescer e à esposa, de quem tanto gostava. Aquele homem de espírito forte, batalhador, lutava consigo mesmo para resignar-se à situação.
"Meu consolo - pensava ele - é saber que eles não ficarão desamparados; meu seguro de vida tem cobertura suficiente para proporcionar-lhes subsistência por muito tempo. Menos mal! Felizmente tive o bom senso de estar preparado para uma situação destas; tão logo seja liberado meu atestado de óbito, a companhia de seguros...".
Neste instante, Guillormée teve um sobressalto; sua apólice rezava que o seguro só seria pago mediante a apresentação do atestado de óbito. Ora, naquele lugar inacessível, seu corpo jamais seria encontrado; ele seria dado por desaparecido. Não haveria, pois, atestado de óbito. Passar-se-iam anos de privações para sua família, antes que ele fosse oficialmente considerado morto. Apavorado com essa idéia, ele pensou: "A primeira tempestade de neve que cair soterrará meu corpo; nunca irão me achar. Preciso caminhar até um lugar onde meu corpo possa ser encontrado".
As dores que sentia eram cruciantes, mas sua determinação era maior. Ele sabia que, ao pé da cordilheira, havia um povoado cujos moradores costumavam aventurar-se até certa altura da montanha, para caçar. A distância era longa - vários quilômetros -,mas ele precisava realizar a última proeza de sua vida: chegar até onde seu corpo pudesse ser encontrado por um caçador. Reunindo todas as forças que ainda lhe restavam, obrigou-se a ficar em pé. Foi preciso um esforço hercúleo para não cair.
Consciente da distância que teria de percorrer e sabedor de que não podia permanecer naquele local, apesar de seu estado lastimável, Guillormée estabeleceu a meta de dar um passo. Jogou um passo a frente e disse: "Só um passo!". Com extrema dificuldade empurrava a outra perna e repetiu: "Só mais um passo!", e de novo: "Só mais um passo!".
Concentrando toda a sua energia apenas no próximo passo e estabelecendo um forte condicionamento positivo - através do comando "só mais um passo" ele caminhou quilômetros pela neve. Não se permitia pensar na distância que ainda faltava percorrer, ou em sua dificuldade para se locomover; concentrava-se apenas no espaço a ser vencido pelo passo seguinte. Assim caminhou o dia todo.
A tarde já ia avançada quando seus olhos, turvos pela dor e pelo cansaço, vislumbraram alguns vultos à sua frente; firmou o olhar e percebeu que se tratava de pessoas que olhavam estupefatas, para ele. "Agora eu já posso morrer", pensou, e deixou-se escorregar para o nada.
Dias depois, já no hospital, abriu os olhos e a primeira imagem que viu foi a da esposa, a seu lado.
Guillormée teve alguns dedos de um dos pés amputados, que foram congelados pela neve. Passou algum tempo hospitalizado, até readquirir forças, mas continuou vivo ainda por muito tempo.
Ao narrar esse episódio acontecido com seu amigo, Saint-Exupéry relata a determinação desse homem valente e ressalta o fato de que foi a fixação da meta em curtíssimo prazo ("só mais um passo") que lhe proporcionou força e ânimo bastante para vencer a dura prova pela qual passava. Tivesse ele pensado na enorme distância a ser percorrida, na situação física precária em que se encontrava, e muito provavelmente não teria encontrado forças para alcançar o objetivo a que se determinou no alto da montanha.


 
 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário