terça-feira, 27 de setembro de 2011

25/09... Mais uma grande perda...

Mais um 25 em nossas vidas, quantos mais ainda virão??

Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina


... e esta foi a homenagem da despedida...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Anjo do Céu - Maskavo - 20/09/11 O grande e esperado dia!!

É com grande alegria que compartilho a benção que recebemos, nosso amado príncipe valente e guerreiro finalmente está em casa, curtindo seu lar e sua família, todos juntos trabalhamos muito para isso. Que Deus e o plano maior, continue nos fortalecendo e abençoando a vida da nossa grande riqueza... pra você Raphael




Um anjo do céu.
Que trouxe pra mim
É a mais bonita, a joia perfeita
Que é pra eu cuidar
Que é pra eu amar
Gota cristalina
Tem toda inocencia.
Vem ó meu bem
Não chore não vou cantar pra você
Vem ó meu bem
Não chore não vou cantar pra você
E um anjo do céu
Que me escolheu
Serei o seu corpo
Guardião da pureza
Que é pra eu cuidar
Que é pra eu amar
Gota cristalina
Tem toda inocencia
Vem ó meu bem
Não chore não vou cantar pra você
Vem ó meu bem
Não chore não vou cantar pra você
Vem ó meu bem
Não chore não vou cantar pra você
Vem ó meu bem
Não chore não...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Paciência - Lenine

Quando pensamos em tempo, em vida, em protagonismo... não consigo não pensar nessa letra tão linda como uma grande e absoluta reflexão.

Paciência

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Finjo ter paciência
E o mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)

Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara (a vida não para não... a vida é tão rara)


e continuando... um pouco mais de "O jardineiro que tinha fé."

..."Mas o fogo vem. Mesmo que tenhamos medo, ele vem de qualquer jeito, às vezes por acaso, às vezes de propósito, às vezes por motivos que ninguém pode entender, motivos que só são da conta de Deus. Mas o fogo pode também leva tudo para uma nova direção, uma vida diferente e nova, uma vida que tenha seus próprios pontos fortes e seus próprios meios de moldar o mundo."



"Tudo pode ser usado para alguma coisa. No jardim de Deus, há uma utilidade para tudo e para todos."

"Qual é esse processo do espírito e da semente, cheio de fé, que toca o solo nu e o torna rico de novo? Não tenho resposta completa. Só sei o seguinte: aquilo a que dedicamos nossos dias pode ser o mínimo do que fazemos, se não compreendermos também que algo espera que a gente abra espaço para ele, algo que paira perto de nós, algo que ama, e que espera que o terreno certo seja preparado para que ele possa se revelar.
Estou certa de que, enquanto estivermos aos cuidados dessa força de fé, aquilo que pareceu morto não estará morto, aquilo que pareceu perdido também não estará mais perdido, aquilo que alguns alegaram ser impossível tornou-se nitidamente possível, e a terra que está sem cultivo está apenas descansando - à espera de que a semente venturosa chegue com o vento, com todas as bênçãos de Deus.
E ela chegará.

A Criação das Histórias - Extraída do livro: "O jardineiro que tinha fé" - Ph.D Clarissa Pinkola Estés

" A semente nova tem fé. Ela se enraíza mais fundo nos lugares que estão mais vazios."

A criação das Histórias


Como as histórias nasceram? Ah, as histórias vieram ao mundo porque Deus se sentia só.
Deus se sentia só? Claro que sim, sabe? Porque o vazio no início era escuro porque estava tão abarrotado de histórias que nem uma única história conseguia se salientar das outras.
As históiras estavam, portanto, sem forma, e o olhar de Deus passeava pelas profundezas, à procura, em busca de uma história. E a solidão de Deus era imensa.
Finalmente, surgiu uma grande idéia, e Deus murmurou: "Que se faça a luz."
E veio tanta luz que Deus pôde estender a mão para o vazio e separar as histórias sombrias das de luz. Daí resultou o nascimento de claras histórias matinais bem como de belas histórias noturnas. E Deus viu que isso era bom.
Deus, então, ficou animado e passou a separar as histórias celestiais das histórias terrenas, e estas das histórias sobre a água. Depois, Deus teve enorme prazer em criar as árvores pequenas e grandes, as plantas e as sementes de colorido vivo, para que pudesse haver histórias sobre as árvores, as sementes e as plantas também.
Deus riu de contentamento, e do riso de Deus as estrelas e o céu caíram nos seus lugares. Deus instalou no céu a luz dourada, o sol, para dominar o dia; e a lua, a luz de prata para dominar a noite. E no fundo, Deus os criou para que houvesse histórias sobre as estrelas e a lua, sobre o sol e histórias sobre todos os mistérios da noite.
Deus ficou tão satisfeito com elas que passou a criar pássaros, monstros marinhos e todas as criaturas vivas que se movem, todos os peixes e as plantas debaixo d'água, todos os seres alados, todo o gado e as criaturaras rastejantes, todos os animais da terra, de acordo com sua espécie. E de todos eles vinham histórias sobre os mensageiros alados de Deus, histórias sobre fantasmas e monstros, baleias e peixes, e outras histórias sobre a vida antes que a vida se conhecesse, sobre tudo que a vida tinha no momento e tudo que viria a nascer um dia.
No entanto, mesmo com todas essas criaturas fantásticas e essas histórias magníficas, mesmo com todos os prazeres da criação, Deus ainda estava solitário.
Deus andava de um lado para o outro e pensava. Pensava e andava de um lado para o outro. E finalmente ocorreu uma idéia ao nosso grande Criador! "Ah. Vamos criar seres humanos à nossa imagem, à nossa semelhança. Que eles cuidem de todas as criaturas dos mares, dos ares e da terra, e que delas recebam cuidados também."
E então criou os seres humanos com o pó da terra e soprou nas suas narinas o alento da vida. E os seres humanos se tornaram almas viventes. Homem e mulher, Deus os criou. E à medida que foram criados, de repente, todas as histórias que acompanham o fato de ser totalmente humano também ganharam vida, milhões e milhões de histórias. E Deus abençoou todas elas e as colocou num jardim chamado Éden.
Agora Deus passeava pelos céus todo sorrisos, porque afinal, sabe, Deus não se sentia mais só.
Não eram as histórias que estavam faltando na criação, mas sim, e de modo mais específico, os humanos expressivos que pudessem contá-las.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O laço - José Mario Barbosa


Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço…
Uma fita dando voltas?
Enrosca-se, mas não se enrola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isto cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa que eu faço.
E quando puxo uma ponta o que acontece?
Vai escorregando…devargazinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo fica solto no vestido.
E na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então é assim o amor, a amizade?  Tudo que é sentimento? Como um pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode desfazer-se a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso que se diz:  laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz – rompem-se os laços.
E saem as duas partes iguais .. dois pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então, o amor é isso…
Não prende, nem escraviza, não aperta, não sufoca, não usa, não engana
Porque quando se torna um nó, já deixou de ser um laço.
 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Bom Combate - Trecho retirado do livro " Diário de um mago " de Paulo Coelho.

O homem nunca pode parar de sonhar; o sonho é o alimento da alma, como
a comida é o alimento do corpo. Muitas vezes, em nossa existência, vemos
nossos sonhos desfeitos e nossos desejos frustrados, mas é preciso continuar
sonhando, senão nossa alma morre. .
O Bom Combate é aquele que é travado porque o nosso coração pede.
O Bom Combate é aquele que é travado em nome de nossos sonhos. Quando
eles explodem em nós com todo o seu vigor - na juventude - nós temos muita
coragem, mas ainda não aprendemos a lutar.
Depois de muito esforço, terminamos aprendendo a lutar, e então já não
temos a mesma coragem para combater. Por causa disto, nos voltamos contra
nós e combatemos a nós mesmos, e passamos a ser nosso pior inimigo. Dizemos que nossos sonhos eram infantis, difíceis de realizar, ou fruto de nosso
desconhecimento das realidades da vida. Matamos nossos sonhos porque temos medo de combater o Bom Combate.
 O primeiro sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de
tempo. As pessoas mais ocupadas que conheci na minha vida sempre tinham
tempo para tudo. As que nada faziam estavam sempre cansadas, não davam conta do pouco trabalho que precisavam realizar, e se queixavam de que o dia era curto demais: na verdade, elas tinham medo de combater o Bom Combate.
O segundo sintoma da morte de nossos sonhos são nossas certezas.
Porque não queremos aceitar a vida como uma grande aventura a ser vivida,
passamos a nos julgar sábios, justos e corretos no pouco que pedimos da
existência.
Finalmente, o terceiro sintoma da morte de nossos sonhos é a Paz. A
vida passa a ser uma tarde de Domingo, sem nos pedir grandes coisas, e sem
exigir mais do que queremos dar. Achamos então que estamos maduros, deixamos de lado as fantasias da infância, e conseguimos nossa realização pessoal e profissional. Mas na verdade, no íntimo de nosso coração, sabemos que o que aconteceu foi que renunciamos à luta por nossos sonhos, a combater o Bom Combate.
" Quando renunciamos aos nossos sonhos e encontramos a paz, temos um
pequeno período de tranqüilidade. Mas os sonhos mortos começam a apodrecer
dentro de nós, e infestar todo o ambiente em que vivemos.
"Começamos a nos tornar cruéis com aqueles que nos cercam, e finalmente
passamos a dirigir esta crueldade contra nós mesmos. Surgem as doenças e as
psicoses. O que queríamos evitar no combate - a decepção e a derrota - passa
a ser o único legado de nossa covardia. E um belo dia, os sonhos mortos e
apodrecidos tornam o ar difícil de respirar e passamos a desejar a morte,
que nos livra de nossas certezas, de nossas ocupações, e daquela terrível
paz das tardes de domingo."

Só uma coisa torna um sonho impossível: o medo de fracassar.

Você é substituível??? - não sei quem é o autor, mas mudou minha forma de pensar a respeito.

Será mesmo?
     Na sala de reunião de uma multinacional, o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra os gráficos e, olhando nos olhos de cada um, ameaça:
"ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio...
Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra?
Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles?
Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso?
Zico (até hoje o Flamengo está órfão de um Zico)?
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'gaps'.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico...
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. Infelizmente na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'; ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:
"Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"
Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!
"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso. O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor."
ü Portanto, exijam valorização pelo que fazem e especialmente pelo que são!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pura sabedoria!



Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do
Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito
simples e cheio de livros.
As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
- E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! Surpreendeu-se o turista.
- Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.

"A vida na Terra é somente uma passagem...
No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente,
e esquecem-se de serem felizes."

 ... Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual...
     somos seres espirituais passando por uma experiência humana.
 
 

Deficiente??

Aquarela - Toquinho

Ontem estava contando histórias na AACD e sem querer comecei a cantarolar essa música mentalmente... faz muito tempo que não a ouço, mas de repente em meio a livros, histórias e as mais adversas situações de superação de pais e filhos, em meio ao caso de um menino de pouco mais de 10 anos que até fevereiro estudava, brincava, falava e corria até que uma corda muito apressada "arrebentar-lhe a cabeça" e hoje ele vegetar em um leito, no afago de uma mãe inconsolada... Nesse leito, uma lesão. Essa lesão, irreversivel... o futuro é uma astronave que tentamos pilotar ...
Muitas coisas são nossas escolhas, outras tantas, o futuro nos convida a rir ou chorar...
Também conheci o Otávio que veio lá de Marabá, Pará para se reabilitar na AACD por longos 3 meses, em meio a todas as dificuldades pediu para eu contar O velho, o menino e o burro, quando peguei o livro, ele disse: Deixa que eu leio e com um jeitinho todo especial ele leu. Ai ele sugeriu, eu leio uma e você a outra... em toda sua fragilidade, ele bem sabia o que e como queria... foi simplesmente lindo!
E para todas as possibilidades da vida, rindo ou chorando... aquarela!
 
 
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...

Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...

Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...

Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...

Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...

Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...

De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...

Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...

E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Um pouco mais de...tempo...

Hoje meio que sem querer assisti a um programa na TV em que o filósofo Mario Sergio Cortella discorria sobre o assunto morte... ou seja, o tempo que se esvai... o cada dia a mais é sempre um dia a menos...ai algumas frases vieram em minhas mãos e compartilho aqui sem me ater nesse momento nesse tema tão complexo... agora não é o meu momento...

"O tempo foi algo que inventaram para que as coisas não acontecessem todas de uma vez."
                                                                                            Autor Desconhecido


"Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu: Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de abraçar e tempo de afastar-se; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz." Eclesiástes

"O presente é a sombra que se move separando o ontem do amanhã, nele repousa a esperança."
                                                                                                   Frank Lloyd Wright

O tempo - Mário Quintana


O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

sábado, 3 de setembro de 2011

O amor inominável...segundo o escritor português José Saramago. "Filho é um ser que nos emprestam para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos."

Despois de longo e tenebroso inverno, na correria dos afazeres da vida, volto com saudades a escrever e a postar histórias... desta vez, reais. De mulheres, de famílias, crianças, ou simplesmente, histórias de amor... das quais somos impotentes em colocar um "viveram felizes para sempre..." (que pena!)
O que mais aprendo dentre tantas coisas com estas histórias de amor é que somos incansáveis na arte de amar; resilientes na arte de doar e complacentes na hora de receber.
Abaixo um pouquinho das histórias de viva e luta e amor e paciência destas mães e pequenos grandes guerreiros que insistem em brigar (muito mais do que nós) por suas vidas e existências, mesmo na incerteza de um futuro (seja ele de que forma for) entre nós...





A rotina de amor das mães de UTIs
Com filhos internados em unidades de terapia intensiva, elas deixam a vida própria para uma dedicação exclusiva
FERNANDO GRANATO
DIÁRIO SP
   

Elas não têm vida própria. Abandonaram todas as rotinas, como trabalhar e cuidar dos demais filhos, para se dedicar ao bebê internado num hospital.

São as mães de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), cada vez mais frequentes com o avanço da medicina, que tornou casos extremamente graves em doenças crônicas que requerem internações longas, com o uso de sofisticados equipamentos hospitalares.

Elas têm até um grupo no Facebook, denominado Mães de UTI, com 104 participantes (veja ao lado). Estima-se que cada uma das 107 unidades de terapia intensiva de pediatria da cidade de São Paulo tenha pelo menos um paciente crônico, com internação de longa duração. Junto dele, certamente, uma mãe que abandonou sua vida particular para cuidar de seu filho.

O direito de a mãe acompanhar seu bebê na UTI é garantido por lei. Os hospitais particulares que atendem convênios, normalmente, cumprem. Muitos criaram áreas humanizadas dentro das unidades, com brinquedos e móveis confortáveis, nos quais os pais ficam instalados, dormem e brincam com seus filhos. Nos públicos, quase sempre lotados, a realidade é outra. A  SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo) trabalha para garantir o mínimo de conforto a esses pais.

Alguns hospitais, como o Cândido Fontoura, na Zona Leste, dispõem de armários privativos para os pais guardarem seus pertences, acompanhamento psicológico para familiares e áreas de descanso. "Ainda há muito o que fazer, mas já temos grande avanços", avalia o médico Renato Lopes de Souza, presidente do departamento de terapia intensiva da SPSP. "É preciso cuidar dos pais, afinal, as internações em UTIs são momentos de muita ansiedade e angústia vividos pelos familiares."

Muitas vezes, os pais, principalmente as mães, ficam morando na UTI junto com o filho. Tomam banho, fazem as refeições e dormem no hospital.  "Nós estimulamos a participação intensa dos pais, como auxilio no processo de recuperação dessas crianças", diz a coordenadora médica da UTI de pediatria do Hospital Sírio-Libanês, Lucília Faria.

Lucília salienta que é preciso cuidado com o aspecto psicológico dessas mães, que muitas vezes ficam sobrecarregadas emocionalmente com a experiência vivida. A médica não esquece o caso de uma mãe que ficou "internada" três meses com o seu bebê. A criança acabou morrendo e a mãe não suportou. "Ela nos disse que ia junto com o filho", contou Lucília. "Achamos que ela estava dizendo que ia acompanhar o corpo da criança até o enterro, mas não. Ela atravessou a rua, foi até o último andar do prédio em frente ao hospital e se atirou da janela."

80 
hospitais da cidade têm UTI

Estudo listou a existência de 107 unidades de terapia 
Uma dissertação de mestrado defendida na USP pela médica Daniela Carla de Souza listou 107 unidades de terapia intensiva pediátrica ou neonatal em 80 hospitais em São Paulo.

Áreas com maior população têm menos UTIs
O estudo mostrou uma distribuição irregular dessas UTIs na cidade. Os núcleos com menor população possuiam
o maior número de unidades e vice-versa.

Existe uma UTI para cada 2.728 pacientes 
A tese levantou a existência de 969 leitos de UTI pediátrica na cidade. Um leito para cada grupo de 2.728 pacientes. O número médio de leitos operacionais por unidade foi de 11,7.

Patricia e o "guerreiro" Bernardo. Três cirurgias, hemodiálise diária e uma lição de vida para médicos e funcionários do Hospital Infantil Sabará


Grupo troca experiências no Facebook
A fotógrafa Daniela de Cássia  Frison, 34 anos, costuma dizer que fechou a sua vida para balanço desde o nascimento de seu filho Rafael, portador de uma síndrome incurável, há seis meses.

"Posso até ficar doente, que não vou perceber. Todos os  meus sentidos estão voltados para o Rafael", diz. Ela passa os dias dentro da Unidade de Terapia Intensiva de pediatria do Hospital Sabará, no Centro. Só sai de lá para uma rápida passada em casa,  na hora do almoço, quando encontra a filha Giovana, de 4 anos. "Ela é muito ligada a mim e está sofrendo com a minha ausência", lamenta-se.

O trabalho também foi relegado. Especialista em fotografar e filmar festas de aniversário de crianças, Daniela tem passado os trabalhos para outros profissionais e apenas administra o negócio, com a ajuda de um laptop, nos momentos em que Rafael está dormindo. Sua maior expectativa no momento é a de que seu seguro saúde financie a instalação de um aparato  médico-hospitalar de grande intensidade em sua casa, o chamado home care, para que ela possa ficar junto de seus dois filhos.

O mesmo desejo tem a guia de turismo Patricia Schneider, 37 anos, mãe de Bernardo, de 9 meses. Ela está "internada"  junto com ele desde o seu nascimento, quando foi detectado um grave problema renal, e está separada da outra filha, Beatriz, 5 anos. Patricia a  vê  apenas nos finais  de semana.

Bernardo ganhou fama entre os médicos e funcionários do Sabará, tal a sua vontade de viver. Ele já passou por três cirurgias, retirou os dois rins, faz todos os dias hemodiálise, um tratamento que consiste na remoção de substâncias tóxicas do sangue com um rim artificial, e está sempre sorridente.  Patricia fica sempre ao seu lado e dorme apenas três horas por noite.

Patricia e Daniela encontram conforto e informação junto a outras mães que estão na mesma situação, no grupo Mães de UTI, na rede social Facebook. Ali, elas comemoram conquistas e apoiam-se mutuamente nos momentos de dor. "Que delícia ficar com o colo cheio! Ainda mais com essas princesas lindas finalmente juntas em casa. Parabéns, vocês merecem", diz uma das postagens, referindo-se ao caso de uma menina que depois de sete meses de internação numa UTI de pediatria voltou para casa  junto da mãe e da irmã.

Em outro comentário postado, uma mãe reproduz a definição de filhos, segundo o escritor português José Saramago. "Filho é um ser que nos emprestam para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos."  Essa mesma mãe acrescenta que é preciso ter coragem, principalmente para a dor da perda. "Eles não são nossos. Recordam-se? Foram apenas emprestados.."