Era uma vez, um príncipe muito solitário. Seu nome era Marcolino. Ele passava horas comendo biscoitos, pois no castelo, para ele, era o mais interessante a se fazer, pois fora isso não havia mais nada. Não tinha tv, ou bola, ou games, nem livros, nem pescaria, nem nada. Ah, que chato! Imagine que chato você não poder jogar bola, nem ler deliciosos livros, nem jogar seus games favoritos, nem assistir novelas ou filmes...
Por não fazer nada o dia todo, a solidão de Marcolino aumentava a cada dia, pois até então não tinha encontrado alguém que tocasse seu coração para o nobre sentimento do amor. O amor é tão lindo, que tristeza a solidão!!!
O rei Sandoval, preocupado, combinou com sua mulher, a rainha Carlene que daria uma festa. Enviou então convites para as princesas dos reinos mais longínquos. Quem sabe não estaria aí a grande chance de Marcolino conhecer o grande amor de sua vida?
Dona Clodoalda, a faxineira do rei, sabendo da festa, tratou de fazer uma linda roupa para sua filha, Umberlina, a garota mais bela de todo o reino. Seu plano era fingir que sua filha era uma princesa. Desta forma, casaria com o príncipe e seria feliz para sempre.
Dona Clodoalda, como era muito boa costureira, tratou de fazer o vestido mais belo que já se viu na face da terra. Gastou todas as suas economias no tecido mais lindo, fez lindos arranjos com flores para colocar nos cabelos da filha e comprou o perfume mais suave para que usasse na noite da festa.
Enfim a grande noite chegou, e Umberlina estava realmente a mais linda da festa. O príncipe Marcolino, ao olhar para ela, não pensou duas vezes: Tinha encontrado o grande amor de sua vida.
Foi amor a primeira vista. Marcolino gostou tanto de Umberlina e ela dele que resolveram se casar naquela mesma noite. Os convidados ficaram tão felizes com a notícia. Teve gente que até chorou.
O rei, satisfeitíssimo, chamou o casamenteiro. Pediu também que os pais da moça se apresentassem a fim de conhecer os dois.
Umberlina estremeceu, mas como não era de mentiras, começou a contar a verdade e a chorar muito. Achava que por ser a filha de uma faxineira, jamais deveria ter se atrevido a comparecer na festa.
O rei, comovido com a coragem e a sinceridade da moça, pediu que o casamento continuasse, pois para ele o que importava era o amor entre os dois.
Mais lágrimas rolaram com esse gesto tão bonito do rei. Reis não costumam ser assim tão bondosos, não é verdade?
Umberlina nem podia acreditar no que estava ouvindo. Sua mãe, ao ouvir as palavras do rei, começou a pedir mil perdões. Mesmo assim o rei deu a ela o título de “dama da corte”, e entendeu que a mãe tinha feito tudo aquilo por amor.
Daquele dia em diante, Dona Clodoalda começou a morar no castelo. Umberlina casou-se, foi muito feliz e passou a ser conhecida como a “princesa plebéia”.
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