sábado, 15 de outubro de 2011

UM BOM NATAL - Elaine Alves - Educadora Popular

Não se assuste, já estamos vendo propagandas,  correria no comércio, mais um ano que finaliza, mais um Natal que chega... que tal doar um pouquinho do seu melhor, compartilhar o seu amor com alguém?? Que esta história te inspire a ... fazer o bem à alguém.


Na manhã do dia de Natal, o velho Gaspar abriu o jornal e começou a ler. Imaginem o que foi que ele viu na primeira página? Lá, no meio de todas as notícias importantes, estava o seguinte:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

O Sr. Gaspar leu e tornou a ler aquilo. Riu-se muito, deu uma palmada na perna e disse: "Que boa idéia!" Levantou-se e foi espiar no forno. "Veja só que beleza!", exclamou ele ao ver dois perus assados. Tirou o maior dos dois, colocou-o numa cesta e cobriu-o com um guardanapo bem branquinho e engomado. Escreveu num cartão:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

E colocou-o na cesta. Pegou o chapéu, vestiu o paletó, colocou a cesta no braço e saiu para a rua. Foi andando, andando, até que chegou a uma porta onde se via um enorme sapato pendurado. "Ó! Deve ser aqui mesmo que mora o sapateiro Antônio. Coitado dele, vive sentado o dia inteiro, consertando sapatos!" pensou Gaspar.

Devagarinho e sem barulho, pôs a cesta na porta, bateu palmas e rapidamente continuou o seu caminho, virando na esquina mais próxima, onde desapareceu antes que alguém pudesse vê-lo.

"Que surpresa magnífica! Que peru enorme!" disse o sapateiro lendo o cartão, onde estava escrito:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

"Imagine só, eu ganhando um presente destes!"

Ficou por um momento coçando a cabeça. Então disse em voz alta: "Já sei o que vou fazer! Levarei o frango que comprei para o nosso jantar de Natal à pobre viúva Mendes."

Guardou o peru, meteu na cesta o frango que havia custado seu último vintém, pois queria um jantar para os seus filhos no dia do Natal, cobriu-a e saiu, dirigindo-se à pequena casa branca da viúva. Colocou a cesta na escada, bateu na porta, e sumiu em seguida.

A viúva abriu a porta e arregalou os olhos de surpresa, enquanto lia no cartão:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém." Olhando para dentro da cesta, viu o frango assado. "Que belo frango! Quem teria tido a bondade de me dar este presente?" Sorrindo, guardou o frango no armário e disse: "Já sei o que vou fazer! Levarei também uma surpresa para a boa lavadeira." Tirando da mesa um enorme pudim, bem assado e cheiroso, arrumou-o na mesma cesta e levou-o à casa da lavadeira.

Joana estava no quintal, estendendo roupas, e não viu a viúva entrar pela porta, colocar a cesta na mesa e ir-se embora. Quando voltou para dentro de casa, viu a cesta e, muito admirada, leu o cartão:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

"Como é estupenda esta idéia! Vamos ver o que há dentro da cesta. Vejam só, é o rei dos pudins! Dá água na boca só de olhar! Ah, já sei o que eu também vou fazer. Assarei um bolo gostoso para os três filhos da D. Maria."

E assim fez, bolo na cesta, cartão pregado no guardanapo, foi até à casa de D.Maria. Entrou sem bater, colocou o bolo ainda quente sobre a mesa, defronte das três crianças e disse:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

"Que beleza, um bolo! Mas é para nós, de verdade? Hummm... como está cheiroso! Todo para nós? Muito obrigado" gritaram os três para a senhora que já ia saindo.

O mais velho dos irmãos sugeriu, então, aos menores: "Vamos cortar um pedaço bem grande e lavá-lo ao Joãozinho, o vizinho e grande amigo!"

"Vamos, vamos!" apoiaram os irmãos.

Como Joãozinho ficou alegre com o bolo quando as crianças lhe disseram:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

"Muito agradecido pelo bolo gostoso e bom! Também vou passar um dia alegre e feliz! Vou guardar as migalhas para os passarinhos que costumam aparecer na minha janela."

Quando ficou sozinho, Joãozinho pensou: "Eu também gostaria de fazer alguma coisa boa para alguém... JÁ SEI!", exclamou em voz alta, olhando pela janela as flores do jardim. "Aquele velho, simpático, a quem entrego o jornal todos os dias, não tem quintal."

Todo animado, pegou a tesoura e cortou com cuidado uma porção de flores coloridas. Ajeitou-as dentro da cesta, colocou o cartão e saiu todo garboso pela rua. Andou, andou, deu a volta no quarteirão. Colocando a cesta na varanda, tocou a campainha e virou a esquina, bem depressa.

Que surpresa que o Sr. Gaspar teve quando abriu a porta e encontrou sua própria cesta cheia de lindas flores e um cartão que dizia:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém." 

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