quarta-feira, 28 de março de 2012

Boca do Céu 2012

Queridos amigos, participantes do Boca do Céu e todos que nos enviaram mensagens:

Infelizmente  comunicamos a todos que, apesar de nossos esforços, não foi possível captar os recursos financeiros necessários para a realização do Encontro Internacional Boca do Céu de Contadores de Histórias no mês de maio, conforme estava previsto.

Desde janeiro de 2011, trabalhamos incansavelmente na preparação dos conteúdos do nosso Encontro, na busca dos melhores fornecedores e colaboradores, na realização de parcerias institucionais e nos detalhes da produção propriamente dita. No entanto, no último momento fomos surpreendidos pela inviabilidade do patrocínio.

Estamos confiantes que será possível realizar o Boca do Céu ainda este ano. Diante da proximidade da data inicialmente prevista, e em respeito a todos os convidados e participantes, consideramos prudente adiar o Encontro para o mês de setembro, de modo que possamos garantir que o ele aconteça em sua totalidade e sem perda de qualidade.

Sentimos muito por tudo que esse adiamento significa para tantas pessoas e esperamos contar com sua compreensão e com sua presença em setembro.

Atenciosamente,
Regina Machado e Equipe do Boca do Céu

domingo, 25 de março de 2012

Olá meus queridos, acabo de voltar de Campinas e está ficando cada vez melhor... contei histórias no Shopping Galleria e a galera de lá está afinadinha com as histórias e no Shopping Iguatemi até os adultos participaram, abaixo algumas fotos desse público tão lindo que me ajudou bastante adivinhou todas as histórias da tarde e aprenderam o que são recontos.















sábado, 24 de março de 2012

Programação Cia. Ilimitada

Próximos eventos:
25/03/12 - domingo, às 16 horas
TARDE DO CONTO com VIVIAN CATENACCI
"CANTANDO HISTÓRIAS"
Contos cantados, repetitivos ou acumulativos da tradição oral brasileira.
- para adultos e crianças -
R$ 4,00
_______________________________________________
29/03/12 - 5ª feira, às 9 e às 10 horas
ENCONTRO COM O AUTOR GIBA PEDROZA
Giba contará histórias e quadrinhas de seus livros:
"A LENDA DO PREGUIÇOSO E OUTRAS HISTÓRIAS" e "ALECRIM DOURADO E OUTROS CHEIRINHOS DE AMOR"
Contaremos com a presença de alunos da ESCOLA EDUARDO PRADO
- evento gratuito -
Apoio: EDITORA CORTEZ
__________________________________
DESCONTO DE 15% (cheque ou $) ou 10% (cartão) nos livros das
editoras MODERNA e SALAMANDRA até 31/03/12.

Curso Chamem os Clowns com Lígia Ruvenalth

Ministrante dos cursos: Lígia Maria Ruvenalth é Atriz, Curadora de Artes Plástica, Diretora e pesquisadora de Folclore, das Artes Cênicas, e se especializou na menor máscara do mundo, o nariz do Clown. Em seus trinta anos de profissão já participaram da descoberta de muitos Clowns que hoje participam e aprimoram suas técnicas em seu projeto TRIPE (Teatro Referência Integral Para Educação) Foi Aluna de Augusto Boal (Teatro do Invisível e do Oprimido), Instituto Goethe, Espaço Loyal. Em sua metodologia para Chamar os Clowns aplica o Método, Faça-me Rir.
O curso: Conteúdo.
a) Consistem em uma parte introdutória teórica, exercícios físicos e práticos.
b) A dinâmica corporal.
c) Postura cênica e recursos utilizados no gênero.
d) Utilização da maquiagem em conjunto com a caracterização.

Objetivo: Tomar conhecimento do gênero espetacular Clown e a partir daí começar a busca pelo seu clown embrião adormecida. O trabalho é de dentro para fora.
Oferece certificado, apostila sucinta sobre Clown e apostila sobre onomatopeia. 

MATERIAL DO CURSO.
- Tesoura.
- Roupa para cortar, bermuda ou calça, mais camiseta ou blusa, pode ser vestido para as (a).
- Nariz de Clown (não usá-lo antes do ritual do nariz).
- Mala e bengala para o Clown
- Caderno de anotações.
- Espelho (tipo borda cor de laranja).

Público Alvo: Interessados em Clown.
Local: Praça - metro Jardim São Paulo - estação após Santana.
Datas: 04, 05, 11, 12, 18 e 19 de abril de 2012 as quartas e quintas - feiras.
Horário: das 19 as 22h00.
Investimento: R$180,00.

PARA TODOS OS CURSOS.

INSCRIÇÕES ABERTA, COMO FAZER? POR E-mail OU MARCANDO HORA, RUA CONCEIÇÃO DA BARRA, 127 A Jd. São Paulo.

Inscrições, e tirar duvidam sobre o curso.
projetotripe@yahoo.com.br

ligiaruvenalth@gmail.com

Número de participantes: 20 pessoas.
NÃO HAVERÁ INSCRIÇÕES NOS DIAS DOS CURSOS.

Projeto TRIPE (Teatro Referência Integral Para Educação).
Lígia Maria Ruvenalth
Diretora de Produção Teatral
DRT: 3697
Cooperada pela Cooperativa Cultural Brasileira.
 cel (11)8407-5614 Tim, (11)9132-7082 Claro, (11)6128 - 9466 Oi, (11)7119 - 3807 Vivo.
blog: http://tripeteatroclown.blogspot.com - divulgaçãos de cursos
blog http://www.laurencyclownligia.blogspot.com/ - sobre meu trabalho
http://www.facebook.com/Tripe.teatro.clown
"Despreocupados, zombadores, brutais, assim nos quer a sabedoria. Ela é uma mulher e só gosta de guerreiro." Assim falava Zaratrustra (Nietzsche)

quinta-feira, 22 de março de 2012

O que não pode morrer nunca... Clarissa Pinkola Estés - parte IV

Noite após noite, o pinheiro permitia essa entrega. Era tão completa sua alegria por ser útil e ter vida desse modo que ele queimou e queimou até não restar mais nada dele, a não ser as cinzas que jaziam no fundo da lareira.
Quando estava sendo varrido da lareira pelos velhos, pensou que sua vida fora gloriosa, mais do que esperara, só que agora a nada poderia aspirar.
O casal de velhos era muito cuidadoso e, com sua mãos velhas e sábias, varreu delicadamente cada fragmento de cinzas da lareira. Puseram as cinzas num saco macio e muito usado e o guardaram até a chegada da primavera.
Quando a terra começou a se aquecer, o velho e a velha trouxeram para fora de casa o saco de cinzas, entraram pelos jardins e campos e espalharam cuidadosamente as cinzas do pinheiro por todas as videiras e também por todas as suas terras. Eles misturaram as cinzas do pinheiro ao solo. Com o tempo, quando as chuvas e o sol da primavera chegaram para ficar, as cinzas sentiram sinais de vida por baixo delas.
Aqui e acolá, por baixo, através e em volta das cinzas, surgiam minúsculos brotos verdes das entranhas do solo, e o pinheiro deu milhares de sorrisos e milhares de suspiros na sua felicidade por voltar a ser útil.
"Ai, eu não sabia que podia virar um monte de cinzas e ainda assim voltar a produzir tanta vida nova. Que sorte enorme coube à minha vida. Cresci no isolamento da floresta. Mais tarde, que blos dias e noites de copos a tilintar, de luz de velas e cantorias eu vim a conhecer. Na minha época de solidão e carência, na mais escura das noites, tive a amizade de estranhos, como se fôssemos uma só família, ou até mais do que isso. Mesmo quando estava sendo dilacerado pelo fogo, descobri que podia emitir imensa luz e calor do meu próprio coração. Que sorte, como fui afortunado.
"Ah", suspirou o pinheiro, "de tudo que cresce, cai e cresce novamente, é só o amor pela vida nova, e apenas ele, que dura para sempre. Agora estou em toda a parte. Está vendo como vou longe?"
Naquela noite, quando a grande estrela cruzava o céu noturno do universo, o pinheiro jazia sobre a terra abençoada, aninhando-se junto às raízes e sementes para aquecê-las com suas próprias cinzas, nutrindo para sempre todas as coisas que crescem; e essas, por sua vez, nutrindo outras, que por sua vez nutririam ainda outras, por todas as gerações futuras. Naquela lindíssima terra, da qual ele vinha e para a qual agora voltava, ele dormiu bem e teve sonhos profundos, cercado ali - como um dia estivera cercado antes no meio da floresta - por aquilo que é muito maior, mais majestoso e muito mais antigo do que jamais se conheceu.

"Não existe nada que não tenha valor. Tudo pode ser usado para alguma coisa. No jardim de Deus, há uma utilidade para tudo e para todos."

E assim, terminamos essa lindíssima história que deixa uma escuta toda particular, para mim e para vocês.

quarta-feira, 21 de março de 2012

O que não pode morrer nunca... Clarissa Pinkola Estés - parte III

O pai entrou então, com passos pesados, e tirou todos os enfeites do pinheiro, guradando-os em caixas com camadas de enchimento de algodão.
Depois, tirou a árvore da água e a sacudiu com tanta força que qualquer outra coisa que pudesse estar escondida nos galhos cairia ao chão. Ele deixou as guirlandas de frutinhas secas na árvore e a arrastou da sala.
O pinheiro, apesar de surpreso com esse tratamento grosseiro, ainda estava esperançoso. "Ah, eu me pergunto para que sala iremos agora." Ele imaginou todo o processo jubiloso da decoração, dos presentes, das crianças dançando e de todos cantando, e suspirou ao pensar nisso tudo.
O pai, no entanto, arrastou de maneira descuidada o pinheiro pela escada de madeira acima, que não parava de subir e cujos degraus iam se estreitando cada vez mais quanto mais eles subiam. E afinal, no patamar mais alto, o pai abriu uma pequena porta e, sem cerimônia, jogou a árvore lá dentro. A árvore exclamou alarmada no que lhe pareceu um grande grito: "Que tipo de escuridão é esta?" Mas a verdade é que ninguém pareceu ouvir, pois o pai fechou a porta e desceu de volta pela escada.
... Pois, você sabe, nesse quartinho frio no sótão, não havia luz a não ser por uma janelinha embaçada na lateral do telhado, através da qual brilhava aquela estrela enorme.
"Ai, pobre de mim", pensou o pinheiro, tateando todos os galhos para ver se havia alguma fratura. "O que eu fiz para ser abandonado num lugar tão frio e solitário?"
Mas ninguém ouviu. E ali o pinheiro ficou muitos dias e muitas noites.
Certa noite, porém, com o canto do olho, o pinheiro viu quatro pontos vermelhos reluzentes. Eram os olhos de dois ratinhos minúsculos que ocupavam as paredes do sótão. "Ah", disse-lhes, em voz baixa, "ah, minhas senhoras, sabem me dizer quando virão me buscar, quando voltarei para a sala especial?" O camundongo de macacão  e cachecol começou a rir e a gaguejar: "V-v-v-v-vir para levar você de volta para a sala especial?" Ha, ha, ha."
Mas o outro camundongo, de vestidinho e avental branco, cutucou o companheiro e falou com a árvore com gentileza: "Querida árvore, ora, você teve uma vida boa, não teve?"
"Tive", concordou a árvore, com tristeza.
"Ah, sei que você sentia ter nascido para essa vida, tanto que não desejava que ela mudasse. Mas...", e nesse ponto ela afagou a árvore, "todas as coisas, árvore querida, mesmo as coisas boas, têm seu fim."
"Esta época precisa terminar?", indagou o pinheiro.
"Sim", respondeu o camundongo, erguendo a mão e acariciando-a novamente. "Essa época já terminou. Mas agora começa um tempo diferente. Uma nova vida, um tipo de vida diferente sempre se segue à antiga. Você vai ver."
E os dois camundongos fizeram companhia à árvore a noite inteira. Contaram histórias e cantaram todas as músicas que conheciam. O pinheiro perguntou se os camundongos não gostariam de subir nos seus galhos para se aquecer, e eles disseram que sim, muito obrigado, e subiram. Juntos eles dormiram durante a noite escura com a grande estrela lá fora se aproximando cada vez mais da janela, quase como se soubesse de seus destinos e, com pena, lançasse sua luz ainda mais sobre eles.
Pela manhã, o pinheiro e os camundongos foram despertados abruptamente pelo ruído de passos pesados na escada, e o casal de camundongos saltou dos galhos do pinheiro. "Adeus, querido amigo. Lembres-se de nós como nós nos lembraremos de você e da sua bondade." E os camundongos correram para a fresta na parede.
"E eu, de vocês", exclamou a árvore. "Eu me lembrarei de vocês."
A porta do sótão foi aberta com violência, e o pai, usando um gorro de lã e um sobretudo, agarrou o pinheiro e o arrastou pela longa escada abaixo, pela porta, até o quintal. Ali, deitou o pinheiro num toco velho e ergueu muito alto um machado enorme, que caiu na árvore com o mais terrível dos pesos, provocando os ruiídos mais medonhos de madeira dilacerada. Com o primeiro golpe, a árvore achou que ia morrer com a dor, e antes do segundo já estava inconsciente.
Muito tempo depois, o pinheiro acordou novamente no canto da sala especial e, embora não se sentisse muito bem, parecia que lhe faltavam apenas sua copa verde e que seus braços estavam arrumados de um modo totalmente diferente, em pedaços. No entanto, viu, nas poltronas diante da lareira, o velho casal à casa, vindo da floresta. Eram eles que haviam banhado seu ferimento com água fresca. Ali estavam eles, bem juntinhos diante do fogo. Apesar do seu estado, o pinheiro sorriu com o amor que via entre os dois.
O velho levantou-se e jogou um dos braços do pinheiro no fogo. Embora de início o pinheiro resistisse e protestasse, logo compreendeu, enquanto a chama queimava cada vez mais fundo no seu coração, que aquela era sua alegre missão no mundo - dar calor para pessoas como essas. Ah, se aquecido de dentro para fora pelo amor, e de fora para dentro pelo amor de alguém como ele.
O pinheiro ardeu então com uma força ainda maior. "Ah, nunca pensei que pudesse queimar com tanto brilho, que pudesse encher uma sala com tanto calor. Amo esses velhos com todo o meu coração." O pinheiro e todos os nós na sua madeira - e no seu cerne - explodiam de alegria nas chamas.

"Saia para o campo para chorar porque lá suas lágrimas vão fazer bem tanto a você quanto à terra."

... amanhã continuamos....

terça-feira, 20 de março de 2012

Agenda desse mês, comigo nas lojas Saraiva

Um mês com muitas histórias pra mim, iniciou no último sábado.
Fiz um esquenta em reunião com o grupo de voluntários do Viva e Deixe Viver, do qual eu faço parte na AACD, foi bem legal contar histórias imortalizadas pela tradição oral de contos clássicos, mas dessa vez, recontados a partir do ponto de vista de personagens que nas histórias "originais" quase nem apareciam... a bela adormecida, ganhou muitos amigos dragões; o João e a Maria, tiveram como personagem principal um passarinhozinhoinhoinhoinho contando sua história, e um caçador que resolve ser padeiro?
Depois, fui contar histórias na livraria Saraiva do Shopping da Moóca, pela Editora Nobel, projeto "A Hora da Criança Zastras" foi linda a participação das crianças, "casa lotada". Brincamos de que história é essa? Fizemos roda e uma das meninas que assistiam falou para o pai: - Ta tudo bagunçado nessas histórias, que engraçado!
Infelizmente, no shopping não tirei fotos, mas na AACD, tem algumas.










Para o próximo final de semana, Campinas me aguarda. Shoppings Galleria e Iguatemi.
 

Lançamento do livro Mágica na Loja de Tintas, da minha querida companheira de trabalho Vanessa Meriqui

O que não pode morrer nunca... Clarissa Pinkola Estés -parte II

Afinal, quando ia escurecendo, o trenó com a família e a árvore no reboque estacionou diante de um chalé coberto de neve. Um velho e uma velha saíram pela neve adentro e se aproximaram do reboque, exclamando: "Que árvore linda, linda, tão alta e tão cheia. Do tamanho exato. Perfeita".
"Ah", pensou o pinheiro, "como é bom ser bem-vindo. Eu me pergunto se este não é o lugar onde alguns dos meus vieram ao longo dos anos. Ah, espero voltar a vê-los em breve."
Os velhos o tiraram do reboque com mãos cuidadosas. Eles o admiraram, o afagaram, virando-o de um lado e do outro. Mergulharam o tronco cortado da árvore num balde de água fresca que aliviou grande parte da sua dor.
E quando apagaram os lampiões, o pinheiro, que amava a profunda escuridão da floresta, começou a amar também a escuridão daquela casa. Apesar de estar acostumado a ver o céu noturno inteiro, cheio de estrelas, e agora só enxergar um pedacinho de céu através de uma pequena vidraça na janela, havia uma estrela que cintilava mais do que as outras. Ao vê-la, o pinheiro pressentiu a promessa de que muito ainda estava por acontecer.
Com esses pensamentos, ele, como o restante da casa, logo adormeceu num sono profundo e feliz.
Bem cedo na manhã do dia seguinte, houve muito barulho e rebuliço com todo mundo se cumprimentando, se queixando e tagarelando. Alguém estava tirando a poeira do balde de aparas de lenha para enchê-lo ruidosamente. Os cachorros entraram latindo de alegria, seguidos pelas crianças, depois a mãe e o pai, os mais velhos e também outras crianças e amigos, todos trazendo muitas caixas.
A árvore esperava, literalmente prendendo a respiração de tanta emoção.
As pessoas tiraram as tampas das caixas, e dentro delas havia enfeites de todos os formatos e tamanhos, feitos de vidro finíssimo. Havia guirlandas de frutinhas e velas com pequenos papéis coloridos em copinhos de vidro.
Em toda a sua volta, a árvore foi adornada e enfeitada com esses objetos. E depois, que maravilha! Dezenas de velas foram acesas, uma após a outra, e arrumadas em círculos e espirais até os galhos mais altos, deixando o pinheiro em glória absoluta.
"Ah, isso é tudo o que os mais velhos lá na floresta descreviam, e muito mais", exclamou o pinheiro. Ele fez um esforço enorme para esticar ainda mais os seus galhos enquanto procurava ficar o mais bonito possível. As crianças gritavam e corriam ao redor, enquanto outros tocavam e cantavam; ah, que alegria, especialmente quando uma linda criança, erguida pelo avô, colocou uma estrela de papel no ponteiro bem no alto da árvore.
Naquela noite, depois que as crianças dormiram e o pinheiro cochilava, enquanto o brilho da grande estrela entrava pelas janelas, os mais velhos entraram furtivos na sala com presentes embrulhados em papel pardo liso e bonito, enfeitado com retalhos de pano que eles haviam unido com uma linha colorida de bordar. No consolo da lareira, puseram cavalinhos, porquinhos, patinhos e vaquinhas feitos de maçãs e laranjas, com gravetos enfiados no lugar das pernas, e olhos e focinhos esculpidos de modo a parecer que estavam sorrindo. E todos foram feitos por mãos cheias daquele tipo de amor que deseja surpreender e agradar as criancinhas.
Pela manhã, a árvore acordou sobressaltada quando as crianças entraram correndo, gritando e exclamando:
"Ah, olhem como a árvore está linda, e os presentes ali embaixo." E elas abriam os embrulhos e exibiam belas bonecas de trapos com densas cabeleiras castanhas de lã e vestidos de crochê, feitos a mão. Em seguida, desembrulharam carroças feitas de restos de madeira com rodinhas que giravam de verdade.
Elas arrancaram alegres as castanhas do pinheiro, e a árvore farfalhava os galhos, feliz por participar de tudo com que havia sonhado, e muito mais.
Mais tarde, as crianças tiravam uma soneca no tapete e os adultos também cochilavam. Até mesmo os cães e os gatos estavam adormecidos, a sonhar.
E o pinheiro refletia sobre seu destino incrível e sobre todos os acontecimentos do dia. Estava felicíssimo.
Naquela noite, quando todos estavam na cama e roncando baixinho - o cão e o gato, assim: zzzzzzzzz; as crianças, assim: zzzzzzzzzzzzzzzzzz; e a mãe e o pai e os velhos, assim: ZZZZZZZZZZZZZ - a árvore dormia profundamente também e sonhava com sua nova vida.
No dia seguinte e no outro, a árvore continuou orgulhosa na sala, embora estivesse um pouco desarrumada por ter todas as fitas arrancadas e porque sua estrela estava meio caída sobre um dos seus olhos. Apesar disso, tudo estava uma glória mesmo quando o pinheiro viu que a maioria das crianças e dos adultos subia nos trenós e ia embora. "Ora, estarão de volta hoje à noite", pensou o pinheiro, "e então vão mais uma vez pôr meu tronco machucado numa água fresca e nova.
Vão me decorar de novo, e a festa vai recomeçar."

.... amanhã tem mais...

"É no meio da aflição que tantas coisas ficam claras.
Quem diz que nada de bom resultou disso ainda não está escutando."

segunda-feira, 19 de março de 2012

As diferenças entre religião e espiritualidade - Flávio Girol

Recebi este texto por e-mail e compartilho com vocês, porque com estas palavras, Flávio traduziu, exatamente o que eu sinto e penso sobre os debates inflamados onde a religião está presente. O Deus que eu creio, é o Deus da união e não o da hipocrisia e da separação, onde cada  um lê e interpreta e cria regras e dogmas e medos e punições e guerras ditas "santas" onde com certeza, Deus não habita.

A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer, querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: "aprende com o erro".

A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e portanto é Deus.

A religião inventa.
A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.

A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.

A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.

A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualide nos faz Transcender.

A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.

A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.
(Professor Flávio Girol)

A RELIGIÃO É NECESSÁRIA, MAS PRECISAMOS ENTENDER A ESPIRITUALIDADE!

O que não pode morrer nunca... Clarissa Pinkola Estés - parte I

... e os humanos ainda conseguiam entender a língua dos animais, um pinheirinho que, embora pequeno em estatura, era imenso em espírito.
Ele vivia nas pronfundezas de uma floresta, cercado de árvores muito maiores, muito mais majestosas e mais antigas do que qualquer árvore jamais conhecida até então.
A cada inverno, pais, mães e seus filhos penetravam na floresta em velhos trenós de madeira. Com muita felicidade e animação, eles cortavam algumas das árvores de tamanho médio e as levavam embora. Os cavalos veneráveis que puxavam os trenós resfolegavam, e os sinos nos seus arreios retiniam. O riso das crianças e dos adultos ecoava pelo bosque inteiro.
Ah, sim, o pinheirinho ouvira sussurros entre as árvores mais velhas, as que eram altas demais e grandes demais para serem derrubadas pelo machado e arrastadas dali - é, ele ouvira a história de que as árvores cortadas eram levadas para um lugar maravilho, chamado casa.
Ali, eram tratadas com o máximo respeito, afagadas por muitas mãos e postas numa água que lhes aplavava a dor. Depois, ao que se dizia, uma família inteira de pessoas sorridentes se reunia ao seu redor. Elas enfeitavam a árvore com objetos pequenos e lindos: pequenos globos feitos de fita com amêndoas dentro, doces e outras guloseimas. Velinhas esplêndidas eram acesas e colocadas nos galhos e ramos da árvore. Finalmente, decorada com balas, guirlandas de frutas e às vezes até enfeites de vidro e minúsculos espelhos coloridos, a árvore se tornava o convidado mais reverenciado da casa.
Era de fato uma das glórias mais magníficas que se poderia um dia conceder a uma árvore.
Entre as árvores mais velhas que conheciam esses assuntos, dizia-se que essa era, para os humanos envolvidos, uma época de enorme alegria, pois lindas criancinhas vinham cantar, o fogo ardia em cada lareira e mesmo as estrelas no céu pareciam brilhar ainda mais.
De acordo com a descrição das mais velhas, em toda a parte moças e rapazes podiam ser vistos apressando-se e carregando para o salão o alimento que tivessem para compartilhar com todos. As velhas usavam seus melhores aventais brancos. Os velhos, seus melhores ternos e chapéus pretos. E todas as mulheres usavam seus melhores vestidos pretos. Todos os meninos usavam calças que sempre davam coceira, e as meninas, saias perfeitas para ensaiar mesuras. Ah, tudo aquilo parecia perfeitamento maravilhoso. E era com isso que o pinheiro sonhava.
Ano após ano, ele esperava que o verão passaasse, que o outono chegasse e afinal viesse a beleza do inverno.
Quando sentia o frio cortante dos ventos, se alegrava. Ficava então felicíssimo no seu belo manto verde que se enchia mais a cada ano que passava. E, também a cada ano, no inverno, os trenós vinham e cortavam as árvores novamente, enquanto as ciranças gritavam e faziam bonecos de neve com formato de anjo nos grandes montes acumulados pelo vento.
Apesar de o pinheirinho ser tímido, ele não conseguia se conter e a cada ano gritava com mais atrevimento: "Venham me escolher! Olhem para mim! Adoro crianças. Adoro essa comemoração fabulosa. Olhem para mim! Por favor! Venham me escolher!"
Ano após ano, porém, ninguém o escolhia. Logo muitas árvores haviam sido retiradas da floresta ao seu redor.
Agora o parente mais próximo estava a uma boa distância, e o pinheirinho estava bastante só, mas também em pleno sol e assim ele foi crecendo, crescendo, até ficar muito mais alto do que antes.
No inverno seguinte, voltaram os cavalos puxando um trenó com o pai, a mãe e crianças risonhas. Os cavalos empertigados passaram diereto pelo pinheirinho, pois o pais estava avaliando um denso aglormerado de árvores mais ao longe.
"Espere" , gritou uma das crianças, "aquele alia atrás, aquele ali sozinho." E o pinheirinho começou a tremer de esperança.
"Ah, isso mesmo! Cheguem mais perto! Olhem para mim! Por favor! Venham me escolher!" O pinheirinho se esforçava para ficar mais reto e mais alto. E a família deve ter ouvido o que dizia, pois o trenó parou, os cavalos deram meia-volta e logo a família estava abrindo caminho na neve espessa para examinar a árvore.
"Ah, olhem como os galhos são cheios de vida", exclamou uma criança que tinha as bochechas perfeitamente rosadas. "Ah, vejam como essa árvore está verde e vigorosa", disse a mãe.
"É", respondeu o pai, "essa aqui não parece nem alta nem baixa demais, está perfeita para nós."
E o pai apanhou seu machado no trenó. Com o primeiro golpe, o pinheiro sentiu a maior dor de toda a sua vida. "Ai", gritou a árvore, "vou cair". E nesse exato momento, ele desmaiou.
O machado continuou os golpes até que a árvore fosse separada da sua raiz, derramando grande quantidade de neve ao tombar.
Muito mais tarde, o pinheiro voltou a si no reboque que vinha dançando atrás do trenó. Tilintavam os sininhos nos arreios dos cavalos, e o pinheiro ouvia a conversa e o riso das pessoas.
A dor mais terrível parecia estar passando agora. além disso, ele tinha uma vaga lembrança de que estavam indo a alguma parte, a algum lugar importante, lindo e maravilhoso, a um lugar que ele havia desejado ver todos os dias e todos os anos da sua vida passada.

.... nesse ponto, convido você, meu leitor a acompanhar durante esta semana as outras partes desta lindíssima história que faz parte do livro O jardineiro que tinha fé...

A semente nova tem fé.
Ela se enraíza mais fundo nos lugares mais vazios.
C.P. Estés

20 de Março, dia do Contador de histórias.

Amanhã comemoramos o nosso dia.
Dia daqueles que somos todos e que invariavelmente contamos histórias. Fazemos histórias. Lemos histórias. Somos histórias.
Parabéns a todos que levam príncipes, princesas, reis, duendes, assombrações, anjos, heroínas e todo e qualquer tipo de encantamento em múltiplas e diferentes linguagens.
Continuemos a doar palavras... palavras que curam, amenizam, tranquilizam, fazem rir, chorar e embalam sonhos.
A farmácia e a livraria - Pedro Bandeira

Lá na rua em que eu pensava, tinha uma livraria bem do lado da farmácia.
Todo mundo ia à farmácia comprar frascos de saúde.
E depois ia do lado, pra comprar a liberdade.


sábado, 17 de março de 2012

Convite Marília Tresca

"Não conseguimos controlar as más línguas dos outros, mas uma vida decente nos capacita a desprezá-las."Cato, o Velho (234 AC - 149 AC)
"Bom caráter é para ser mais enaltecido do que talento extraordinário. A maioria dos talentos é de uma certa forma um dom. Bom caráter, em contraste, não nos é dado. Temos que construí-lo peça por peça... por pensamentos, escolhas, coragem, e determinação."John Luther
Próximo Curso e Sarau:
Caminhando, Cantando e Contando Histórias...
Tema – Fábulas e Contos com animais

Orientação: Marilia Tresca - professora de Artes e Contadora de Histórias
Carga horária: 4 horas / com certificado
Data: 15/04/2012 (domingo)
Horário: das 9h30 às 13h30
Local: Rua Basílio da Cunha, 1115 – Aclimação – São Paulo - SP
Investimento: R$ 50,00
Depositados no Itaú - agência 6681 conta 02204-9 em nome de Marilia Tresca Silva Telles de Mello
Inscrições: por e-mail: mariliatresca@gmail.com (enviar ficha de inscrição preenchida)
Ou por telefone (11) 9801-4740
Total de vagas: 20
Não há necessidade de pré-requisitos
Curso totalmente prático
Observação : Após o curso, a partir das 15h haverá um sarau de contadores de histórias e feira de livros usados. Estão todos convidados.

FICHA DE INSCRIÇÃO - Curso dia 03/03/2012 (sábado)

Nome -
Endereço –
Cidade -
Telefone -
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Sarau de Contadores de Histórias
Coordenação: Andréa Nogueira e Marilia Tresca
Data: 15/04/2012 (domingo)
Horário: a partir das 15h
Local: Salão de festas do Edifício Marina IV - Rua Basílio da Cunha, 1115 – Aclimação – São Paulo – SP
Ingresso: 1 livro usado
Traga um prato de doce ou salgado para o nosso lanche comunitário e uma história para contar (tema livre).
Por favor, confirme sua participação no sarau respondendo a este e-mail ou ligando para (11) 9801-4740
Total de vagas: 40
Observação : As fotos do curso e do sarau de março já estão no meu blog : www.marilia-tresca.blogspot.com

sexta-feira, 16 de março de 2012

Conserto - Wania Amarante

"Conserto"
Preciso consertar minha alma
e cerzir meu coração,
coser ponto por ponto os encontros
entrelaçar os fios rebordando meu monograma.
Lavar com cuidado e sabão de coco                     
esse coração encardido pelo guardado
e manchado de armário.
Minha mãe dizia:
guarda o branco em anil,
senão, amarela.
Lavar com amor e secar ao sol,
                                                                                     engomar ligeiramente em maisena,
                                                                                     passar a ferro quente.
                                                                                    Esticá-lo na vitrine da cristaleira
                                                                                    para que eu o veja sempre e não me esqueça
                                                                                   que o coração guardado se mancha  e                tempo        perdido.
                             (por Wania Amarante, Quarto de costura. Belo Horizonte: Miguilim, 1991)

Conheci esse poema ontem em um curso na Biblioteca São Paulo, me encantei e compartilho com todos.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Programação de Contação nas Bibliotecas Públicas - Março 2012

 
É hora de história
Com Edna Bolanho Simões
Narração de histórias para crianças.
Às terças, às 14h, de 6 a 27 de março. Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato.
Histórias de ninar
Ações de mediação de leitura para crianças, com o objetivo de despertar desde cedo o interesse pelos livros, pelas histórias e pela leitura. 0 a 5. 30 min.
Às terças, às 15h, de 6 de março a 20 de março. BP Padre José de Anchieta
Contando e Dobrando Histórias
Com Lázara Almeida e Rita Pisniski
Narração de histórias acompanhadas de confecção de dobraduras baseadas nas histórias contadas. +7.
Às quartas, às 14h, dias 7 e 21 de março. BP Helena Silveira.
Contar é preciso, ler é indispensável
Com Antonia Andréa de Sousa
Leitura e narrativas de histórias e contos que estimulam o potencial criativo e o prazer de ler.
Inscrições pelo telefone: 5687-0408.
Às quartas, às 10h e 14h, dias 7 e 21. BP Belmonte.
E se fosse verdade…
Com Beth Filipini
Narração de histórias e poemas que encantam gerações. Livre.
Às quartas, das 10h às 14h30, de 7 de março a 28 de março. BP Thales Castanho de Andrade.
Coitada da Dona Nininha
Com Rita Niza
Adaptação de conto infantojuvenil de Luis Fernando Veríssimo. Fala sobre a história tragicômica de uma senhora que, enquanto luta contra sua insegurança de perder o marido cardíaco a qualquer momento, é assustada pelo marido que se finge de morto, por ser aposentado e não ter muito o que fazer. +10.
8 de março (qui) – 15h – BP Paulo Duarte
Pequenas leitoras contam grandes mulheres
Terceiro ano do projeto em que meninas de 8 a 12 anos contam histórias cujos personagens centrais são mulheres da história universal. Participação de Débora Davito, Luana Magalhães e Carolina Tomazelli.
10 de março (sáb) – 15h – BP Belmonte
Cada história tem seu livro
Com Cia. do Mar
Intervenções teatrais de aproximadamente 15 minutos cada, onde, no roteiro, o livro infantil entra em cena, passando a ser elemento básico de toda intervenção e da trilha sonora, criada a partir do próprio livro. 5 a 10. 45 min.
11 de março (dom) – 10h30 – Ponto de Leitura Parque do Piqueri
14 de março (qua) – 14h – BP Brito Broca
17 de março (sáb) – 14h – Ponto de Leitura Vila Mara
No meio do caldeirão
Com Juliana Mado, Caué Procópio no violão e Rafaella Nepomuceno na percussão.
Sinopse: Histórias brasileiras, com seus personagens típicos e suas crendices. Entre uma história e outra músicas, pequenos poemas, trava-línguas e brincadeiras populares.
13 de março (ter) – 10h e 14h – BP Hans Christian Andersen
Poemas infantis
Com Grupo Semeando e espalhando histórias na Leste II
Em comemoração ao Dia Nacional da Poesia (14 de março) o grupo de contadores narrará poemas infantis entremeados por canções e brincadeiras. Livre. 30 min.
13 de março (ter) – 10h – BP Rubens Borba de Morais
14 de março (qua) – 9h30 – BP Raimundo de Menezes
15 de março (qui) – 10h – BP Jamil Almansur Haddad
Brincando de contar, ouvir e dobrar histórias
Com Cecília Graner, Lucélia Silva e Maria de Lourdes Jorge
Narração de histórias entremeadas de confecção de dobradura. Livre.
15 de março (qui) – 15h – BP Paulo Duarte
Contos Tradicionais do Brasil para nossas crianças
Contos de encantamento, de animais e de facécias que prometem encantar o público.
17 de março (sáb) – 11h – BP Álvaro Guerra
Contos Tradicionais do Brasil para nossas crianças
Contos de encantamento, de animais e de facécias que prometem encantar o público.
24 de março (sáb) – 14h – BP Camila Cerqueira César
27 de março (ter) – 10h e 14h – BP Hans Christian Andersen
Brindando a oralidade
Com Cecília Graner
Em comemoração ao Dia Mundial do Contador de Histórias abriremos o baú de histórias de Ananse e Sherazade com muito encantamento. Livre.
20 de março (ter) – 15h – BP Paulo Duarte
Semeando histórias
Com Claudia Lecinio
O Sargento Verde e outras histórias. Livre. 45 min.
Às quartas, às 10h e às 14h, dias 21 e 28 de março. BP Vinicius de Morais.
Cada história tem seu livro
Com Cia. do Mar
Intervenções teatrais de aproximadamente 15 minutos cada, onde, no roteiro, o livro infantil entra em cena, passando a ser elemento básico de toda intervenção e da trilha sonora, criada a partir do próprio livro. 5 a 10. 45 min.
21 de março (qua) – 14h – BP Adelpha Figueiredo
23 de março (sex) – 10h30 – Ponto de Leitura Severino do Ramo
24 de março (sáb) – 10h – BP Lenyra Fracarolli
27 de março (ter) – 10h e 14h – BP Narbal Fontes
Histórias que se cantam, músicas que se contam
Com Grupo Girasonhos.
Entre histórias cantadas à moda dos romances europeus, cantigas e parlendas de diversas regiões do Brasil.
23 de março (sex) – 10h e 14h30 – Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato
Histórias para crianças
Com Lucélia da Silva
Narração de histórias sobre as virtudes, como A lenda da concha, Lá longe na campina, O menino que mentia, O sapo e a cobra. +5.
26 de março (seg) – 10h e 14h – Biblioteca Pública Amadeu Amaral
O coelhinho insone
Com Cida Gótola, Juvelina Martins e Pureza Silva.
Baseado no livro de Carol Roth, “O coelhinhos insone” conta a história de Coelhinho, que por não ter irmãos toda noite dormia sozinho no seu quarto Uma noite, ele decidiu procurar a casa de um amigo para dormir. Após a contação haverá uma oficina para confecção de uma máscara de coelhinho. +6.
26 de março (seg) – 10h e 14h – BP Padre José de Anchieta
27 de março (ter) – 10h e 14h – BP Padre José de Anchieta
28 de março (qua) – 10h e 14h – BP Padre José de Anchieta
29 de março (qui) – 10h e 14h – BP Padre José de Anchieta
No colo do livro, com livros ao colo
Com Antonia Andréa de Sousa, Izabel Andrade e Maria Luiza Rocha.
Mediação e narrativa de histórias para bebês de 0 a 2 anos acompanhados de pais ou de professores, babás, avós, tios. A sala de contação transforma-se em um quarto de brinquedos, onde 10 duplas – bebês e acompanhantes – interagem com os contadores valendo-se livros de pano, plástico e livros-brinquedos, contos de meiguice e cantigas de ninar.
28 de março (qua) – 14h30 – BP Belmonte
Histórias para embalar a imaginação
Com Maria Cecília Coscia Graner
Despertar a imaginação com histórias, canções, adivinhas e parlendas. Atividades: brincando com adivinhas e parlendas; histórias: O caso do bolinho – Tatiana Belinky, A princesa adivinha – Ângela Lago, Hoje não quero banana – Sylviane Donnio; Leitura livre. Livre. 60 min.
29 de março (qui) – 14h30 – BP Chácara do Castelo
O coelhinho insone
Com Cida Gótola, Juvelina Martins e Pureza Silva.
Baseado no livro de Carol Roth, “O coelhinhos insone” conta a história de Coelhinho, que por não ter irmãos toda noite dormia sozinho no seu quarto Uma noite, ele decidiu procurar a casa de um amigo para dormir. Após a contação haverá uma oficina para confecção de uma máscara de coelhinho. +6.
30 de março (sex) – 10h e 14h – BP Padre José de Anchieta

A morte Devagar - Martha Medeiros

Compartilho este texto porque achei de uma profunda verdade  e me trouxe grande reflexão... a falta de tempo sempre latente, a correria no metrô, a achar que andar, correr, falar, ver, se mover é coisa normal, quando tudo é dádiva de Deus, a busca por coisas que nem sabemos pra que ou por que exatamente, a programação exata do nosso piloto automático. A falta de prazer em viver... e a promessa depositada em coisas, pessoas, situações ou datas que normalmente passam em branco, que efetivamente não fazem nenhuma diferença... é apenas um convite, um convite para olhar para pessoa que vive dentro de nós.

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado.
Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

Homenagem ao mês das Mulheres.

O marido e a mulher não se falavam há uns três dias.
Entretanto, o homem se lembrou que no dia seguinte teria uma reunião muito cedo no escritório.Como precisava levantar cedo, resolveu pedir à mulher para acordá-lo. Mas para não dar o braço a torcer, escreveu num papel:
'Me acorde às 6 horas da manhã'.
No outro dia, ele levantou e quando olhou no relógio eram 9h30. O homem teve um ataque e pensou:

- Que drogaaaa! Mas que absurdo! Que falta de consideração, ela não me acordou...

Nisto, olhou para a mesa de cabeceira e reparou um papel no qual estava escrito:

- ...São seis horas, levanta!!!


Moral da História:
Não fique sem conversar com as mulheres, elas ganham sempre, estão certas sempre e são simplesmente geniais na vingança!!!!!!

O casamento é a relação entre duas pessoas, onde uma pessoa está sempre certa e a outra, é o marido!


Meu nome é MULHER!


Eu era a Eva

Criada para a felicidade de Adão
Mais tarde fui Maria
Dando à luz aquele             
Que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista,
Piloto de avião, policial feminina,
Operária em construção...
Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER..!!!!
(O Autor é Desconhecido, mas um verdadeiro sábio...)

O homem e a mulher - Victor Hugo


O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.

Deus fez para o homem um trono.
Para a mulher, um altar.
O trono exalta.
  O altar santifica.

O homem é o cérebro; a mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz; o coração produz Amor.
A luz fecunda.
O Amor ressuscita.

O homem é forte pela razão.
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence.
As lágrimas comovem.

O homem é capaz de todos os heroísmos.
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece.
O martírio sublima.

O homem tem a supremacia.
A mulher, a preferência.
A supremacia significa a força.
A preferência representa o direito.

O homem é um gênio; a mulher, um anjo.
O gênio é imensurável; o anjo, indefinível.
Contempla-se o infinito.
Admira-se o inefável.

A aspiração do homem é a suprema glória.
A aspiração da mulher é a virtude extrema.
A glória faz tudo grande.
A virtude faz tudo divino.

O homem é um código.
A mulher, um evangelho.
O código corrige.
O evangelho aperfeiçoa.

O homem pensa.
A mulher sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.

O homem é um oceano.
  A mulher um lago.
O oceano tem a pérola que adorna.
O lago, a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa.
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.

O homem é um templo.
A mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos.
Ante o sacrário nos ajoelhamos.

Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
  E a mulher onde começa o céu.